Entrou este senhor (dos seus 40s) bem agitado - "Estou stressado, já me estragaram os planos, peço desculpa..."
Eu disse - Calma, vamos falar e acalmas um pouco.
Senta e conta o que se passa, disse eu.
Ele - "Fazia tenções de ficar aqui umas horas, porque sei que trabalhas bem. Vim aqui uma vez antes desta cena do Covid, vê lá aos anos que foi, 4 anos.
Tenho estado no estrangeiro e quando venho a Portugal é tanto para fazer, amigos e família para visitar. Fico sem tempo para mim.
Acabei de estacionar e ligaram-me para me convidar para jantar, está tudo pronto e estão à minha espera. Peço desculpa porque estavas a contar comigo, não aceitaste outra marcação por minha causa.
Mas eu tinha que vir pessoalmente explicar o que aconteceu e pedir desculpa."
Eu falei, tudo bem, são imprevistos que acontecem. Fica para uma próxima.
Ele - "Mas eu faço questão de pagar a tua hora e quero marcar para amanhã e pago já."
Não é preciso pagar nada. Quando vieres pagas e hoje, tudo bem.
Ele - "Mas não, eu pago." Sacou da carteira e tirou umas quantas notas, eu disse não, mas ele insistiu em deixar algo e mais não deixou porque eu não deixei.
Imprevistos acontecem a todos.
As boas maneiras e educação deste senhor felizmente, apesar de raras, existem já em alguns clientes, que eles mesmos entendem o transtorno duma desmarcação em cima do joelho.
Obrigada pelas nobres atitudes que servem de exemplo para mim, e aonde quer que vão continuam a espalhar.
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