Ao abrir a porta dou de caras com uma cara familiar (um senhor dos seus 60s) de há uns anos atrás e comentei - Já há muito que não o via!
Ele disse - Nem há muito nem há pouco, é a primeira vez que me vê.
Eu calei-me e agi como se fosse a primeira vez.
A conversa decorreu bem, palavra para cá e para lá e massagem.
No final da massagem, ainda deitado, ele olha para mim e vai assim - Olhe lá, ainda estou a pensar no que me disse quando me viu...
- Aqui há mais de 10 anos atrás havia uma senhora a quem eu ia à massagem ali na Gândara.
- Se não era você, era muito parecida. A voz é igual e o sorriso é como o dela. Era você?
Eu olhava para ele e ia sorrindo ao ver que de facto ele se lembrava de mim, apesar dos muitos anos de intervalo.
Eu disse - Sim era eu!
Ele - Oh, não posso acreditar, mas estava com isto preso na garganta e tinha que lhe perguntar se era você ou não. O seu sorriso e voz continuam iguais.
- Há quantos anos eu não a via. O seu número era ... mas depois liguei várias vezes e já não funcionava.
Eu - Sim, eu mudei de número na altura e avisei o máximo de clientes que consegui. Se calhar não o memorizou e por isso perdemos contato.
Ele continuou ainda bastante admirado - Que alegria em revê-la, estava longe de imaginar que algum dia a encontraria! Vou já memorizar o seu número e você guarde o meu!
- Eu ia lá tantas vezes, todos os meses. Tìnhamos longas conversas. Nunca a esqueci. Lembro-me muitas vezes de si. Dê cá um abraço...
Deu-me um abraço como 2 amigos de longa data que se reencontram.
- Você não era só a minha
massagista, era mais que isso, quase uma segunda esposa, ahahah ahaah, conversávamos tanto...
Ficou a promessa de na próxima vez colocar a conversa em dia.
Fico emocionada ao aperceber-me do muito que toco as pessoas.
É uma maravilhosa sensação deste trabalho, abrir a porta e dar de caras com uma cara familiar de há uns anos e ouvir - nunca a esqueci e lembro-me de si muitas vezes!
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