Neste ano de 2025, tive a oportunidade de visitar Marraquexe durante 4 dias. Na minha lista de desejos, estavam o Hammam, aquelas ruas cheias de lojas, o deserto e ver os camelos. 
Após a aterragem, houve a supervisão, o controlo policial e a verificação de bagagem. Não foi a parte divertida, mas correu bem. 
O motorista aguardava à saída do aeroporto, onde uma onda de calor saudava todos os passageiros. A breve caminhada até ao carro foi como entrar num forno previamente aquecido a altas temperaturas.
Fiquei a olhar pela janela para este "novo" país. Ruas cheias de carros, um pouco de confusão no trânsito. Todos os sinais de trânsito eram semelhantes aos do meu país, mas aqui, era óbvio que os condutores faltaram a algumas aulas de condução. 
O carro parou no meio de uma rua movimentada e um homem do Riad aguardava para nos guiar e dar uma breve explicação e introdução de Marraquexe.
O banho foi excruciante, pois a água é péssima para o corpo devido a todos os produtos que utilizam, mas foi necessário, curto e rápido. 
 
A curta caminhada até aos souks fui cheia de expectativa. Estando no souk foi decepcionante!
 
Cheirava mal por todo o lado, tapetes cobriam as grades do esgoto para impedir que o cheiro saísse, mas era mau. Além disso, havia motorizadas, carroças puxadas por burros e bicicletas a passar o tempo todo. O barulho, o fumo, e o cheiro era horrível.   
E o que estava mal, piorou! Havia gatos por todo o lado, magricelas e malcuidados, gatas que pareciam ter acabado de dar à luz, gatinhos - todos tão magros e famintos. Havia lojas de galinhas vivas que acrescentavam um "cheirinho" especial, onde os gatos eram presenteados com pedaços.
As pessoas eram simpáticas, sorridentes e também mal nutridas. Recebiam os turistas e tentavam atraí-los para as suas lojas para fazer negócio. Os seus olhos brilhavam com a expectativa de uma batalha de preços, um para vender e outro para comprar. Este vai e vem parecia um fogo que os alimentava.   
As ruas estreitas eram cobertas com lonas e tábuas de madeira para proteger do sol e proporcionar sombra.
Havia muitos artesãos, de madeira, metal e tecido, a trabalharem e a fazerem as suas peças enquanto as pessoas passavam.  
Apesar da pobreza, sorriam e pareciam felizes. Comendo o seu pão e partilhando-o com os gatos. 
 
Os candeeiros de rua eram bonitos, havia várias fontes onde as pessoas vinham encher garrafas e algumas se lavavam. Também nos souks existiam alguns depósitos de água semelhantes a barris, onde as pessoas vinham buscar água para beberem e a sua higiene.
Os preços dos combustíveis eram mais baratos do que em Portugal.  
O Souk é enorme. Muitas ruas, imensas lojas, é um labirinto, mas ninguém se perde, é fácil encontrar o caminho de volta.
Muitas lojas diferentes: pele, ráfia, colares, pulseiras, anéis, cachecóis, lençóis, mantas, camisas, calças, vestidos, sapatos e sandálias, malas e muito mais. Ah, e claro, imitações de marcas famosas e caras. 
 
E este foi o meu primeiro dia em Marraquexe.
Que primeiro dia cansativo! 
Andei quilómetros nos souks. De volta ao Riad onde outro banho me esperava e as piscinas.  
 
 
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